@PHDTHESIS{ 2022:1747795193, title = {Zeca Pagodinho: a voz da periferia. Rompendo fronteiras ideol?gicas ? circularidade cultural entre o final do s?c. XX e in?cio do XXI}, year = {2022}, url = "https://tede.ufrrj.br/jspui/handle/jspui/6893", abstract = "As discuss?es contidas nesta tese est?o ligadas a um grande eixo tem?tico, a luta de representa??es e o conflito periferia x centro contido nele. S?o percept?veis, na constru??o topogr?fica dos espa?os urbanos, os conflitos sociais, as idiossincrasias da cidade. Neste sentido a periferia abandonada pelo Estado e discriminada pelas bases hegem?nicas da sociedade, constr?i suas pr?prias representa??es e redes de sociabilidade. Inclusive, construindo para si, sua pr?pria imagem, identidade, seus signos e desenvolvendo sua autoestima. Neste cen?rio a figura de Zeca Pagodinho sintetiza esta constru??o. Atrav?s de uma an?lise constru?da a partir da Nova Hist?ria Cultural ? poss?vel perceber a constru??o de redes de sociabilidade criadas por habitantes da periferia no final do s?culo XX e in?cio do s?culo XXI. Estas redes de sociabilidade configuraram-se em movimentos culturais e art?sticos que originaram um novo g?nero de samba, mais popularizado, denominado pagode, e por consequ?ncia, criam um novo nicho no mercado cultural. A partir de uma abordagem inserida na micro-hist?ria, ser? estabelecido como foco de an?lise a carreira de Zeca Pagodinho, que conseguiu atravessar as fronteiras estabelecidas entre a periferia e o centro, estabelecendo-se, como ?cone da primeira e difundindo entre a segunda um g?nero musical antes marginalizado. Zeca se popularizaria com o apoio da m?dia e acaba levando o pagode da periferia para o centro ideol?gico da metr?pole carioca. Ao fazer este movimento em dire??o ao centro, o artista n?o se desvincula de seu ethos, pelo contr?rio, faz com que a periferia com suas peculiaridades, passe a ser consumida pelo centro. O partido-alto representa o discurso subalterno e busca uma identidade comunit?ria, afrodescendente e imersa na ancestralidade da tradi??o oral e na religiosidade de matriz africana, n?o sendo somente m?sica e festa, ele representa a corporifica??o do signo, a jun??o da tradi??o de g?nese africana ? ess?ncia da urbe carioca. Neste contexto a figura do malandro, um ente anteriormente deslocado das regras formais, torna-se uma figura socialmente aceita vinculando-se a aspectos de vivacidade, esperteza, simpatia, carisma, ginga, etc., tornando-se a corporifica??o da imagem do carioca e demonstrando a capacidade de adapta??o do subalterno. Zeca torna-se este malandro socialmente aceito, sintetizando a ess?ncia do carioca suburbano. Zeca se torna a voz da periferia tanto materialmente, enquanto provedor de oportunidades de divulga??o do pagode de partido-alto de an?nimos na escolha de seu repert?rio, quanto imaterialmente por sintetizar a malandragem ao estilo Z? Carioca. Este artista, com sua trajet?ria, seus trejeitos e com as pr?prias letras de seus sambas cria rela??es de pertencimento e extra? de seu fazer art?stico a ess?ncia do que lhe ? semelhante, tornando-se reflexo do seu local de origem.", publisher = {Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro}, scholl = {Programa de P?s-Gradua??o em Hist?ria}, note = {Instituto de Ci?ncias Humanas e Sociais} }