@PHDTHESIS{ 2021:91105273, title = {Entre a Teologia do Desenvolvimento e o Reformismo Crist?o: o Movimento de Educa??o de Base como agente da moderniza??o do campo brasileiro (1961-1966)}, year = {2021}, url = "https://tede.ufrrj.br/jspui/handle/jspui/6539", abstract = "Nossa tese prop?e abordar o MEB a partir de uma nova perspectiva anal?tica. Diferentemente da historiografia sobre o movimento ? que n?o discute o lugar desta for?a pol?tica nos debates agr?rios nacionais ?, buscamos analisar a a??o pol?tica do MEB no campo brasileiro, entre 1961 e 1966. Nesse sentido, discutimos como o conceito de ?campon?s? e a natureza da ?reforma agr?ria? foram caracterizados nas cartilhas Viver ? lutar, Mutir?o e Educar para construir, durante as tr?s fases do movimento, a fase modernizadora (1961), quando o movimento estava muito mais pr?ximo dos argumentos episcopais nacionais, enxergando os problemas rurais pelo vi?s agr?cola, indicando como solu??es a amplia??o do acesso ao cr?dito rural, a forma??o de cooperativas, a capacita??o t?cnica dos trabalhadores rurais, a cria??o de centros sociais, a divulga??o de conhecimentos m?dico-sanit?rios e as parcerias p?blico-privadas (Estado, patronato e trabalhadores rurais); a fase progressista (1962 a 1964), quando o movimento se aproximou, significativamente, dos pressupostos da enc?clica Mater et Magistra, criticando o imperialismo, a desigualdade socioecon?mica e a concentra??o fundi?ria, e defendendo a participa??o pol?tica dos trabalhadores, a realiza??o de uma reforma agr?ria, que democratizasse o acesso a pequena propriedade privada (refor?ando seu papel emancipador), e a atua??o do Estado como garantidor do acesso ao cr?dito, da capacita??o profissional e da forma??o de cooperativas; a fase progressista conservadora (1965-1966), momento em que o MEB esteve alinhado ?s propostas modernizadoras do governo militar, retomando as pautas de 1961, mas mantendo algumas proposi??es do reformismo crist?o. Nossa an?lise tem como eixo os signos de ?campon?s? e da natureza da ?reforma agr?ria?, porque, ao redor deles, ricos debates foram produzidos pelas for?as que atuavam no meio rural, e privilegia os conjuntos did?ticos, pois estes materializavam os objetivos pol?ticos do n?cleo dirigente do MEB ? por meio deles este setor conseguia falar diretamente com os trabalhadores rurais, atuando na constitui??o dos seus modos de vida e das suas vis?es de mundo. Adotando como refer?ncias te?rico-metodol?gicas as ideias de Thompson, de Romano, de Marx e Engels, de Chau?, do C?rculo de Bakhtin, de Williams, de Fairclough e de Scott, procuramos fazer uma an?lise bidimensional dessas cartilhas, discutindo tanto sua estrutura textual como a conjuntura pol?tico-econ?mica na qual se inseriam ? considerando-as, ao mesmo tempo, pr?ticas sociais reflexivas dos conflitos de classe e elementos por meio dos quais se buscava intervir e alterar os modos de vida. Assim, recorremos a uma diversidade de fontes: boletins e diretrizes do Conselho Diretor Nacional (CDN) do MEB, documentos legais assinados ou produzidos pelo movimento, correspond?ncias trocadas entre monitores, alunos e coordenadores, pautas e materiais das reuni?es de treinamentos dos seus monitores, relat?rios enviados pelos monitores ? Coordena??o Estadual e ao CDN do MEB, anais dos encontros de coordenadores, cartas pastorais, obras dos principais te?ricos pecebistas e dirigentes das Ligas Camponesas, documentos oficiais das principais organiza??es pol?ticas e econ?micas que atuaram no campo, projetos de lei que circularam no congresso federal e peri?dicos ligados aos movimentos rurais de orienta??o marxista, ? Igreja Cat?lica e da grande imprensa.", publisher = {Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro}, scholl = {Programa de P?s-Gradua??o em Hist?ria}, note = {Instituto de Ci?ncias Humanas e Sociais} }