@PHDTHESIS{ 2020:1695305141, title = {?Todo mundo aqui quer ser patr?o?: pernambucanizando o empreendedorismo no Polo de Confec??es de Roupas do Agreste}, year = {2020}, url = "https://tede.ufrrj.br/jspui/handle/jspui/6307", abstract = "O empreendedor tem se tornado um dos personagens mais enigm?ticos no cen?rio das transforma??es econ?micas e sociais da contemporaneidade. Sua presen?a tem sido cada vez mais recorrente, tanto no debate acad?mico como nos meios de comunica??o de massa, fazendo-nos questionar: estar?amos n?s vivendo a era do empreendedorismo? V?rios te?ricos de diferentes ?reas do conhecimento t?m dedicado grande parte dos seus estudos na busca de tentar entender o avan?o desse fen?meno. Entretanto, grande parte da literatura mainstream sobre o tema vem refor?ando uma padroniza??o dessa figura atrav?s de perspectivas hegem?nicas, que tem como modelo padr?o o empres?rio ?modelo? do Norte global. Diferente dessa vis?o, a pesquisa que aqui se segue, n?o tem como foco os modelos cl?ssicos sobre o empreendedorismo, mas traz como exemplo, o que vem ocorrendo no Agreste pernambucano, desde meados de 1950, quando homens e mulheres come?aram a fabricar roupas com restos de tecidos e, a partir da?, conseguiram construir o que hoje ? considerado como o segundo maior polo t?xtil do Brasil. Diante desse contexto, atrav?s de um di?logo te?rico com abordagens cr?ticas sobre a economia e estudos p?s-coloniais sobre o empreendedorismo, esta tese tem como objetivo principal analisar a trajet?ria dos empreendedores t?xteis do Polo de Confec??es do Agreste Pernambucano e refletir sobre as diferentes formas de inser??o no mundo das confec??es de roupas. Intenta-se com isso entender, de um lado, quais caminhos s?o trilhados na forma??o dos empreendimentos e das pessoas enquanto empreendedoras; e do outro, compreender como elas desenvolvem o aprendizado e as habilidades t?cnicas e econ?micas para se manter no mercado do Polo. Esta tese lan?a, portanto, o seguinte desafio: como estudar esse empreendedor do interior do Nordeste brasileiro, que est? ? margem do contexto europeu-americano das teorias? Visando ?pernambucanizar? o empreendedorismo para entender melhor a realidade analisada, os casos trazidos aqui se concentram nas trajet?rias de vida de pessoas que possuem empreendimentos (de pequeno, m?dio e grande porte) voltados para a confec??o e comercializa??o de roupas. A pesquisa revela que o que atualmente chamamos de empreendedorismo, na realidade local, pode ser definido como a cultura do ?trabalhar sem patr?o?. Se libertar da autoridade do outro constitui um dos elementos mais caracter?sticos e marcantes do Polo. ? poss?vel perceber que essa poss?vel ?voca??o? empreendedora da regi?o tem ra?zes profundas no contexto familiar dos indiv?duos que comp?em o Polo, assim como tamb?m na experi?ncia hist?rica e anterior do trabalho agr?cola dessas pessoas. Sendo assim, as trajet?rias de vida dos entrevistados trazem ? tona alguns elementos que ser?o abordados no decorrer dos cap?tulos, tais como: o trabalho desde a inf?ncia, o pouco acesso ? educa??o, as distin??es de g?nero, a import?ncia das redes de rela??es pessoais nos neg?cios, as crises, os calotes e a vontade de enriquecer. Por fim, tendo em vista a necessidade de abordagens alternativas e contra hegem?nicas ? forma predominante de conceber o empreendedorismo, espera-se que esta tese possa contribuir para a an?lise da atividade empreendedora em ambientes institucionais flu?dos, com recursos escassos e em economias do Sul global, como ? o caso do campo emp?rico desta pesquisa, para que possamos pensar no Brasil contempor?neo.", publisher = {Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro}, scholl = {Programa de P?s-Gradua??o em Ci?ncias Sociais em Desenvolvimento, Agricultura e Sociedade}, note = {Instituto de Ci?ncias Humanas e Sociais} }