@MASTERSTHESIS{ 2020:1681151538, title = {Influência do enxerto omental livre na cicatrização de feridas cutâneas experimentais em coelhos}, year = {2020}, url = "https://tede.ufrrj.br/jspui/handle/jspui/5937", abstract = "Cicatrização é a combinação de eventos físicos, químicos e celulares que tem início após o trauma e é constituída por uma cadeia contínua de fases que se sobrepõe para restabelecer a continuidade do tecido lesionado. Falhas ou atrasos nessas fases resultam em feridas crônicas, sendo um desafio na rotina clínica veterinária. Nesse sentido, tem-se buscado cada vez mais alternativas terapêuticas eficazes que auxiliem no processo cicatricial. Em virtude das suas propriedades angiogênicas, riqueza vascular e presença de fatores de crescimento, o omento vem sendo amplamente estudado e utilizado no auxílio à cicatrização, não sendo encontrados estudos da utilização dos enxertos omentais livres sem microanastomose vascular (LSMAV) como auxiliar no reparo cutâneo. Desta forma, nesse estudo objetiva-se avaliar a influência do enxerto omental LSMAV na cicatrização cutânea de feridas experimentalmente produzidas em coelhos. Utilizou-se 24 coelhos provenientes do Laboratório de Quimioterapia Experimental em Parasitologia Veterinária da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro divididos em Grupo Controle (GC) e Omento (GO), submetidos à celiotomia longitudinal mediana para coleta de fragmento omental de 9cm2. Após a celiorrafia foi produzida em todos os animais ferida linear de 3cm na linha média dorsal à altura da borda caudal das escápulas. Aprofundou-se a incisão até a fáscia toracodorsal em ambos os grupos, porém nos animais do GO o fragmento omental coletado foi fixado no subcutâneo com seis pontos simples interrompidos, seguindo-se a dermorafia com padrão intradérmico em ambos os grupos. As feridas experimentais foram avaliadas diariamente no que diz respeito à coloração, presença de crosta, tecido desvitalizado, secreção, resistência e medidas do aumento de volume, caso houvesse. Obteve-se imagens termográficas das feridas experimentais nos dias 0 (pré-operatório), 3, 7 e 14 de pós-operatório. Ainda, cada um dos grupos foi dividido em dois subgrupos com 6 animais cada, dos quais obteve-se material para avaliação anatomopatológica (macroscópica e microscópica) no 7º e 14º dias de pós-operatório. Clinicamente destacou-se a “ativação” do omento, observada pelo aumento de volume de consistência firme a partir do segundo dia de pós-operatório, com diminuição do edema e manutenção na coloração rósea ao longo dos momentos de avaliação. A avaliação anatomopatológica macroscópica evidenciou intensa reação orgânica (congestão e hemorragia) próximo ao enxerto no dia 7, com posterior abrandamento das respostas metabólicas, e sobretudo neovascularização em direção ao enxerto omental, indicando sua viabilidade. A microscopia corroborou os dados da avaliação macroscópica, sendo possível observar maior neovascularização na derme profunda do GO já no sétimo dia de pós-operatório, e mais quantidade de células polimorfonucleares e mononucleares, bem como aumentada presença de colágeno (sem diferença estatística) na derme profunda e superficial, indicando acelerado processo de remodelamento e reparo tecidual. A termografia captou menor temperatura cutânea na ferida experimental já no sétimo dia de avaliação, que juntamente à maior produção de colágeno na microscopia, ainda que sem diferença estatística, pode estar relacionada a um processo de fibroplasia mais acelerado no GO. Conclui-se que o enxerto omental LSMAV influenciou positivamente a cicatrização cutânea de feridas experimentais em coelhos, mantendo-se viável e sem sinais deletérios à região implantada.", publisher = {Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Medicina Veterinária (Patologia e Ciências Clínicas)}, note = {Instituto de Veterinária} }