@MASTERSTHESIS{ 2019:173256202, title = {Xamanismo, ou, devir outro da filosofia. ensaios de recep??o ? contracolonialidade filos?fica e ? cosmopol?tica xam?nica imanentes em ? a queda do c?u?}, year = {2019}, url = "https://tede.ufrrj.br/jspui/handle/jspui/5933", abstract = "Minha pesquisa de mestrado perseguiu, incansavelmente, o objetivo de tra?ar uma leitura filos?fico-receptiva do livro A Queda do C?u: palavras de um xam? yanomami, de Davi Kopenawa & Bruce Albert. Com dois objetivos principais: p?r ? prova a possibilidade de considerarmos tal obra enquanto um ?livro de filosofia amer?ndia? (apesar de estar assinado por um xam? yanomami e um antrop?logo franc?s); e, simultaneamente, investigar o que esta considera??o (ao se comprovar) poderia suscitar aos debates e ? produ??o de conhecimento filos?fico desenvolvidos nos circuitos universit?rios. Em suma, uma investiga??o sobre ?como e porque? parece fundamental para uma recep??o filos?fico-acad?mica dos enunciados xam?nicos de Kopenawa, recentemente publicados. Ao longo dos mais de dois anos de desenvolvimento da pesquisa e, sobretudo, com o processo de reda??o desta disserta??o, fomos levados a caminhos diversos e imprevis?veis de leitura e reflex?o, explicados na Introdu??o. Neste resumo, creio ser v?lido, apenas, frisar alguns pontos: lan?amos m?o de uma estrat?gia dial?gica multipolarizada, criando e testando alian?as conceituais com os mais diversos autores, filos?ficos ou n?o, amer?ndios ou n?o. Desde o in?cio, entre os referenciais mais importantes, estavam os antrop?logos Eduardo Viveiros de Castro e T?nia Stolze de Lima, devido ao conceito, por eles cunhado, de perspectivismo multinaturalista. Posto que o nosso caminho hipot?tico chave fosse o da investiga??o sobre, at? que ponto, a obra de Kopenawa & Albert apresenta-nos uma explica??o praxol?gica e aut?noma da teoria que aquele conceito evocava, e que acabou por complexific?-la ainda mais. No que tange mais diretamente ? disciplina filos?fica, mantemos um ?ntimo e amb?guo relacionamento com as obras de Deleuze & Guattari e com a concep??o que estes autores apresentaram do que caracteriza a Filosofia ? al?m do conceito de ?cosmopol?tica?, cunhado por Isabelle Stengers e ressignificado complexamente pela ?cr?tica xam?nica da economia pol?tica da natureza?, imanente ? nossa obra central. E, paralelamente, com pensadores latino-americanos contempor?neos que apontam para a urg?ncia de uma descoloniza??o epist?mica das pr?ticas e dos saberes filos?ficos. Nesse ponto, nossa refer?ncia conceitual mais importante foi, sem d?vidas, o autor e mestre quilombola Ant?nio Bispo dos Santos, sua teoria da Contracolonialidade e sua sugest?o acerca de uma distin??o conceitual entre Contracolonialidade e Descoloniza??o, que procuramos desenvolver. Por fim, n?o menos importante, ao formularmos hipoteticamente um campo do conhecimento que identificamos como aquele das Filosofias Contracolonialistas, fez-se necess?rio um di?logo mais direto entre o xamanismo yanomami, pesquisado em A Queda do C?u, com outras tradi??es contracoloniais; o fizemos, sobretudo, a partir da ?ci?ncia encantada das macumbas?, apresentada e analisada por Simas & Rufino, em outra obra recente", publisher = {Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro}, scholl = {Programa de P?s-Gradua??o em Filosofia}, note = {Instituto de Ci?ncias Humanas e Sociais} }