@MASTERSTHESIS{ 2019:1591426040, title = {A agenda pol?tica do Banco Mundial para o Brasil e a primazia normativa do ajuste fiscal (1995-2002)}, year = {2019}, url = "https://tede.ufrrj.br/jspui/handle/jspui/5486", abstract = "Ao longo do tempo, o Banco Mundial tornou-se uma das mais importantes ag?ncias do desenvolvimento mundial; construiu uma rede de rela??es de poder que lhe conferem, especialmente, as fun??es de gest?o compartilhada da sociedade atrav?s de um n?mero consider?vel de pol?ticas p?blicas, de gestor do endividamento p?blico, de lideran?a pol?tico intelectual e de catalisador de neg?cios em mat?ria de desenvolvimento capitalista, al?m do financiamento de projetos, de bancos de desenvolvimento e de empr?stimos. As organiza??es financeiras multilaterais s?o fruto da hegemonia americana, e desde a sua forma??o, apesar de se apresentarem como um canal de coopera??o internacional, s?o estruturas informais de influ?ncia, preponderantemente, do poderio americano. A fim de analisar e compreender o discurso pol?tico da institui??o, toma-se como fonte tr?s Relat?rios sobre o Desenvolvimento Mundial (documento anual mais importante do Banco), tr?s Estrat?gias de Assist?ncia para o Brasil e alguns relat?rios tem?ticos. Em linhas gerais, o discurso da institui??o se fundamentou em prescri??es pol?ticas que almejavam equalizar a primazia normativa do ajuste fiscal com o aliviamento da pobreza extrema, para tanto, mostrou, ora de forma velada ora de forma aberta, que dentre os gastos governamentais o servi?o da d?vida era intoc?vel, al?m de ter dado resson?ncia ?s diretrizes do Consenso de Washington. No exerc?cio de suas atribui??es teorizou sobre a pobreza, ent?o mostrou a necessidade dos entes pol?ticos da periferia capitalista adotarem pol?ticas compensat?rias; explicitou que a pol?tica de substitui??o de importa??es n?o seria mais apoiada e que transformar sociedades agr?rias em industriais era um paradigma do passado, da? o Estado n?o poderia mais adotar os modelos keynesiano, desenvolvimentista e/ou de bem-estar social; e, sua lideran?a pol?tico-intelectual ganhou destaque com o ?Estado efetivo? (distante do modelo ?minimalista?), por este ponto de vista o Estado e o mercado deveriam se complementar. Assim, o mercado era o in?cio, o fim e o meio. As Estrat?gias de Assist?ncia deram destaque ? estabiliza??o macroecon?mica e ao enxugamento do Estado, al?m do mais preconizou a sustentabilidade do endividamento p?blico, por este motivo a relev?ncia das reformas (seguridade social, administrativa, do Estado, tribut?ria, etc.) necess?rias para efetivar o ajuste fiscal, ao mesmo tempo que criava espa?o para os neg?cios capitalistas. Ademais, o Banco Mundial trouxe para o centro da agenda pol?tica a sua pr?pria assist?ncia t?cnica e os ?servi?os n?o-financeiros?, caso necess?rio by pass o governo federal para assim tratar diretamente com os entes subnacionais. Por estas atua??es, devido ? amplitude do discurso geral e setorial para o pa?s e da ampla gama de projetos, a gest?o compartilhada do corpo social atrav?s do desenho de in?meras pol?ticas p?blicas ganhou proemin?ncia. Esta rela??o suscita a edifica??o de um modelo p?s-westfaliano. A presente pesquisa mostra como se faz necess?rio resgatar n?o apenas o discurso da institui??o existente nos Relat?rios sobre o Desenvolvimento Mundial e nas Estrat?gias de Assist?ncia ao Pa?s, como tamb?m a narrativa produzida em seus pareceres, notas, memorandos e demais formas de assessoria pol?tica.", publisher = {Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro}, scholl = {Programa de P?s-Gradua??o em Hist?ria}, note = {Instituto de Ci?ncias Humanas e Sociais} }