@MASTERSTHESIS{ 2019:193889559, title = {A vi?va, o ?rf?o, o estrangeiro e o pobre: a genealogia do preconceito e a ?tica como responsabilidade pelo outro a partir de Emmanuel Levinas}, year = {2019}, url = "https://tede.ufrrj.br/jspui/handle/jspui/5288", abstract = "A alteridade remete-nos ? capacidade do homem de superar a si mesmo e de se reconhecer na depend?ncia de algo que o complete verdadeiramente, pois a ideia de infinito e o desejo que o homem traz em si revelam algo que o homem n?o pode alcan?ar sozinho, mas precisa ser auxiliado por um outro. Emmanuel Levinas v? nesse desejo insaci?vel e nessa ideia de infinito a possibilidade de o homem ir al?m de suas teorias sobre o bem e a verdade, teorias que se configuram como uma racionaliza??o est?ril do ser, incapazes de satisfazer o homem na sua exist?ncia mais aut?ntica, uma vez que o aprisionam na Totalidade que tende a reduzir tudo ao molde racional estabelecido pela consci?ncia do sujeito que det?m o poder. A m?xima ?somos todos culpados de tudo e de todos, e eu mais que todos os outros?, assumida por Levinas, ? a s?ntese deste projeto, pois, para esse autor, a ?tica nasce do encontro com a alteridade do Outro que aparece e se d? a mim, na din?mica do encontro, como um externo que n?o cabe em minhas categorias, como um ente irredut?vel a qualquer conceito que dele Eu possa fazer. De fato, a hist?ria do ocidente construiu-se como a tentativa sempre violenta de reduzir a alteridade do Outro ? ipseidade do Mesmo (raz?o do Eu), produzindo o preconceito que gera a viol?ncia contra o Outro e o homic?dio do Outro. Diante da realidade do Outro que se coloca para mim em uma rela??o face a face, o Eu n?o pode esquivar-se, deve responder ao outro que o interpela e pede ajuda, ainda que esse Outro n?o lhe tenha dirigido palavra alguma. O Rosto do Outro evoca a quadr?ade veterotestament?ria ?da vi?va, do ?rf?o, do estrangeiro e do pobre? como a categoria existencial do Outro violentado pela domina??o do Mesmo e pelo seu preconceito, cuja presen?a j? ? comunica??o de si mesmo e de sua necessidade pela vulnerabilidade da nudez do Rosto que se d? e imp?e um discurso e um mandamento indeclin?vel para o Eu: ?Tu n?o matar?s!? A resposta ?tica que o homem d? a esse mandamento ? o caminho que realiza autenticamente a sua humanidade: o cuidado pelo Outro", publisher = {Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro}, scholl = {Programa de P?s-Gradua??o em Filosofia}, note = {Instituto de Ci?ncias Humanas e Sociais} }