@MASTERSTHESIS{ 2018:1294721010, title = {Barba, cabelo, bigode e uma masculinidade: consumo e identidade em espaços de barbearias}, year = {2018}, url = "https://tede.ufrrj.br/jspui/handle/jspui/4885", abstract = "Como espaços de consumo, as barbearias, desde o seu surgimento, assumiram a qualidade de local de circulação do masculino, por oferecem serviços que envolvem específica e unicamente o corte de cabelo e o feitio de barba (FUKELMAN e LIMA, 2008). Nesse sentido, o uso da temática de gênero masculino em espaços de consumo pode auxiliar no compartilhamento e reforço de pontos de vista particulares sobre as identidades e as relações de gênero, influenciando no processo de construção identitária dos consumidores (SHERRY et al., 2004). Correlatamente, aspectos culturais de uma sociedade são materializados nos bens de consumo, influenciando nos projetos identitários de quem os consome (MILLER, 2013). Diante do aumento do número de barbearias no mercado brasileiro (ABIHPEC, 2016), esse estudo buscou compreender de que modo as identidades masculinas são construídas, administradas e negociadas em espaços de barbearias. A coleta de dados foi realizada por meio de observações em barbearias das cidades do Rio de Janeiro e Volta Redonda e de entrevistas em profundidade com clientes, barbeiros e empresários desses espaços. As notas de observação e as transições das entrevistas foram analisadas por meio da análise de conteúdo (BARDIN, 2011). Os dados sugerem que o consumo em espaços das barbearias aparece, para os informantes, associado a significados como distinção do universo feminino, relaxamento e bem-estar e espaços de sociabilidade entre homens. Esses significados simbólicos e culturais que naturalizam e universalizam as maneiras de se viver e se experimentar as masculinidades emergem em um processo dialético entre os informantes e os espaços de barbearias, participando ativamente da construção, administração e negociação das masculinidades destes homens. Tanto os aspectos materiais quanto as práticas de sociabilidade destes espaços ajudam a moldar ideais hegemônicos de masculinidades. Deste modo, o consumo em espaços de barbearias auxilia os informantes a se perceberem e serem percebidos como indivíduos ‘não femininos’, obedientes ao que é socialmente instituído como ‘ser homem’ e a padrões de consumo tidos como masculinos.", publisher = {Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Administração}, note = {Instituto Três Rios} }