@MASTERSTHESIS{ 2015:277513772, title = {Que gay sou eu? Interseccionalidades em praias gays do Rio de Janeiro}, year = {2015}, url = "https://tede.ufrrj.br/jspui/handle/jspui/3134", abstract = "Esta pesquisa tem como campo de estudo dois trechos de praias da cidade do Rio de Janeiro considerados ?amig?veis? a homossexuais: a Bolsa de Valores, ou simplesmente Bolsa, em Copacabana, e a Farme, em Ipanema. A partir de observa??o direta e indireta em campo, sele??o de informantes e referencial te?rico, o objetivo deste trabalho ? analisar, com base nas rela??es estabelecidas nesses ambientes e tamb?m fora deles, a multiplicidade de ?subgrupos? oculta sob a categoria ?homossexual?, bem como as tens?es que se criam a partir de aproxima??es e diferencia??es entre gays do sexo masculino nestes espa?os de intera??o. Se as identidades se formam a partir das diferen?as, conforme Hall (2007), estas diferen?as aproximam e repelem os atores de acordo com suas representa??es, no sentido estabelecido por Goffman (2011), na Bolsa, na Farme e em seus arredores. Essas representa??es, contudo, s?o caracterizadas por interseccionalidades entre variados marcadores sociais da diferen?a. Se o corpo surge como o marcador mais ?bvio em uma praia, al?m dele h? outros fatores que influenciam essas rela??es, como g?nero, classe social, gera??o, ra?a, origem e mesmo local de moradia. Assim, os cruzamentos interseccionais criam nessas praias espa?os territorializados de conflitos e transi??es. Em certas situa??es, a polui??o ambiental pode ser usada como justificativa para afastar-se da polui??o social, no sentido de Douglas (2012). Mas, de um modo geral, o que parece estar em jogo ? um capital simb?lico que estabelece uma esp?cie de ?hierarquia gay?, sobretudo no que diz respeito ?s masculinidades e ? performatividade, citando Butler (2013). Tais diferencia??es tamb?m podem fazer parte de um estilo, de acordo com Facchini (2008 e 2011), e ter origem mercadol?gica, considerando a an?lise de Fran?a (2012). E podem, inclusive, provocar o deslocamento espacial de determinados grupos para ?reas onde consigam manter sua distin??o e sua hegemonia no que podemos chamar de "subcultura gay". A tentativa de ocupar novos espa?os no territ?rio "democr?tico" da praia carioca, entretanto, pode n?o se concretizar como planejado inicialmente, devido ? heterossexualidade compuls?ria dominante. Afinal, embora as fronteiras entre praias "gays" e "heterossexuais" sejam fluidas, a ?territorializa??o? desses espa?os n?o se d? sem conflitos e reivindica??es que muitas vezes se efetivam somente em processos pol?ticos e hist?ricos.", publisher = {Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro}, scholl = {Programa de P?s-Gradua??o em Ci?ncias Sociais}, note = {Instituto de Ci?ncias Humanas e Sociais} }