@PHDTHESIS{ 2015:1009948385, title = {Caracteriza??o do perfil mineral, lip?dico e oxidativo de Biomphalaria glabrata (Mollusca, Gastropoda) infectada experimentalmente por Angiostrongylus cantonensis (Nematoda, Metastrongylidae)}, year = {2015}, url = "https://tede.ufrrj.br/jspui/handle/jspui/1741", abstract = "O nemat?ide Angiostrongylus cantonensis foi primeiramente descrito como parasito de art?ria pulmonar de Rattus norvegicus e Rattus rattus em Canton, China. Este helminto tem sido mencionado como principal agente etiol?gico da meningoencefalite eosinof?lica humana, uma metazoonose end?mica no continente asi?tico e que recentemente, tem-se disseminado para ?frica, Norte e Sul da Am?rica e Ilhas do Caribe. Atualmente, o Brasil ? considerado ?rea de alto risco ao estabelecimento da angiostrongil?ase humana, justificado n?o somente pela presen?a de moluscos, mas tamb?m roedores naturalmente infectados, que atuam respectivamente como hospedeiros intermedi?rios e definitivos desse parasito, fatores que favorecem diretamente a din?mica de transmiss?o da angiostrongil?ase neural. Em seu ciclo de vida moluscos atuam como hospedeiros intermedi?rios, possibilitando a partir se sua infec??o, o desenvolvimento de formas larvais infectantes ao hospedeiro definitivo. Nos ?ltimos anos, a caracteriza??o de padr?es metab?licos de moluscos infectados experimentalmente, tem sido estudada como base para o desenvolvimento de medidas focadas principalmente no controle de patologias transmitidas por estes organismos. Por?m, quando nos referimos a modelos experimentais utilizando A. cantonensis e Biomphalaria glabrata, os dados ainda s?o escassos, o que preocupa, n?o apenas pela import?ncia do parasito, mas tamb?m pela ampla distribui??o da esp?cie B. glabrata no Brasil. Neste estudo, foram observadas altera??es no metabolismo mineral, lip?dico e oxidativo de B. glabrata, decorrentes da infec??o experimental por A. cantonensis. Para isso, foram utilizados moluscos da linhagem pigmentada criados desde a oviposi??o e mantidos em condi??es laborat?riais. Foram formados dois grupos: controle (C1, C2, C3) com animais n?o infectados e infectados (I1, I2 e I3). Os grupos eram compostos por 10 moluscos. Todo experimento foi feito em duplicata, utilizando um total de 120 moluscos. Ap?s 1, 2 e 3 semanas de infec??o, 20 moluscos de cada grupo eram dissecados para a coleta da hemolinfa e tecidos. As leituras espectrofotom?tricas foram realizadas a partir de kits comercias da marca Doles. As dosagens bioqu?micas demonstraram que a infec??o por A. cantonensis induziu uma diminui??o significativa nos conte?dos hemolinf?ticos de c?lcio ap?s primeira semana de infec??o, seguido por um aumento nas concentra??es desse ?on na segunda semana de estudo. Este cen?rio foi acompanhado por uma intensa mobiliza??o de CaCO3 na concha de moluscos infectados, possivelmente como tentativa em restabelecer o equil?brio ?cido-base alterado durante o desenvolvimento do parasito. Resultados histopatol?gicos demonstraram ainda altera??es morfol?gicas na gl?ndula digestiva de moluscos infectados, caracterizadas principalmente na forma de rea??es granulomatosas e ?reas de calcifica??o metast?tica. Varia??es nas reservas de lip?dios neutros estocados no complexo gl?ndula digestiva-g?noda foram tamb?m demonstradas. A infec??o resultou em um decr?scimo significativo nos conte?dos de colesterol e no aumento dos n?veis de ?cido graxo e triacilglicerol ap?s as duas primeiras semanas de infec??o. O aumento nos conte?dos de ?cido graxo foi associado ao aumento da atividade lip?sica, indicando que A. cantonensis induz de fato a ativa??o de um processo lipol?tico durante etapa de desenvolvimento em seu hospedeiro intermedi?rio. Por fim, a infec??o de A. cantonensis resultou em mudan?as no metabolismo oxidativo de B. glabrata. Al?m da deple??o de reservas polissacar?dicas estocadas na gl?ndula digestiva e massa cefalopodal, o parasitismo por A. cantonensis induziu a ativa??o do metabolismo anaer?bio de seu hospedeiro, resultando n?o apenas no aumento da atividade da lactato desidrogenase hemolinf?tica, mas tamb?m na redu??o dos n?veis de ?cido pir?vico e ac?mulo de lactato. Isso representa uma interessante resposta adaptativa do hospedeiro frente ? infec??o, possibilitando o hospedeiro a partir do metabolismo anaer?bio, gerar energia e ao mesmo tempo mant?m seu balan?o redox. Adicionalmente, a redu??o nas concentra??es de ?cido ox?lico observado nos per?odos finais do desenvolvimento parasit?rio, sugere o seu desvio para a gliconeog?nese, destacando o envolvimento dessa mol?cula como precursora na s?ntese de glicose-6-fosfato. Este cen?rio metab?lico foi acompanhado por uma supress?o na fosforila??o oxidativa de moluscos infectados (1 e 2 semanas) de infec??o, sugerindo uma diminui??o na quantidade de mitoc?ndrias no tecido analisado, ou ainda, na inibi??o de centros enzim?ticos relacionados ?s rea??es oxidativas.", publisher = {Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro}, scholl = {Programa de P?s-Gradua??o em Ci?ncias Veterin?rias}, note = {Instituto de Veterin?ria} }