@MASTERSTHESIS{ 2016:1259086086, title = {Ka’a kuéraha yvakuera oje’úva. Quintais agroflorestais na Reserva Te’Yikuê em Caarapó, Mato Grosso do Sul: segurança alimentar às famílias indígenas}, year = {2016}, url = "https://tede.ufrrj.br/jspui/handle/jspui/1563", abstract = "A criação de reservas indígenas no Centro Sul de Mato Grosso pelo Estado Brasileiro, no início do século XX, foi causador de enormes transformações no modo de ser e viver das aldeias tradicionais Guarani e Kaiowá. Delimitando os espaços e cerceando a mobilidade dos grupos indígenas que reconheciam seu o território, tanto pela paisagem natural e como pela sobrenatural, foram impedidos de transitar pelos mais de 100 quilômetros de mata em cada lado da fronteira entre o Brasil e o Paraguai, entendendo apenas como limite os rios Ápa e o Paraná. Atualmente os Guarani e Kaiowá são mais de 65 mil indivíduos que residem em 11 reservas ou estão desaldeados, a eles coube se readequar a nova realidade social espacial e produtiva. Devido as pressões antrópicas dos não indígenas na formação e gerenciamento das reservas e dos próprios indígenas quando obrigados a se deslocar a novas áreas ocorreram intensas modificação nas paisagens culminando em uma vulnerabilidade territorial, social e alimentar. Com isso dando início a graves conflitos pela posse das terras existentes no estado do MS. A perda de território tradicional trouxe uma nova realidade produtiva e também grandes perdas na biodiversidade da fauna e flora sendo a dieta alimentar indígena embasada nesses três eixos, a insegurança alimentar impacta diretamente as unidades familiares. No intuito de caracterizar os SAF da Reserva Te’yikuê foi realizada pesquisa mista, no período de agosto de 2014 a março de 2015 junto as 19 Unidades familiares, utilizando o método "bola de neve" (snowball). O objetivo foi gerar informações sobre os aspectos sociais e produtivos, principalmente no que se refere aos manejos dos sistemas agroflorestais e das culturas de ciclo curto como forma de subsidiar alternativas de desenvolvimento local. Constatou-se que os sistemas agroflorestais biodiversos são do tipo quintais agroflorestais e beneficiam 85 pessoas diretamente, proporcionam expressiva mudança de paisagem. Estes foram, estabelecidos principalmente no entorno das casas para melhorar o microclima, garantindo bem-estar às famílias e as rodas de tereré; possibilitando o policultivo seguindo modos tradicionais de produção, incrementando a dieta alimentar das famílias e a segurança alimentar e nutricional.", publisher = {Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Agricultura Orgânica}, note = {Instituto de Agronomia} }